Nizan Guanaes, aos 66 anos, prestou uma homenagem emocionante a Washington Olivetto, o maior publicitário do Brasil, que faleceu aos 73 anos. Em uma entrevista à CNN, Guanaes comparou Olivetto a Pelé no futebol, destacando seu papel transformador na publicidade nacional.
Homenagem de Nizan Guanaes
Nizan Guanaes, um dos nomes mais respeitados do setor publicitário brasileiro, fez uma emocionante homenagem a Washington Olivetto durante uma entrevista à CNN. Ele descreveu Olivetto como “o maior publicitário do Brasil”, comparando sua influência na publicidade à de Pelé no futebol. Para Guanaes, a presença de Olivetto na indústria foi como assistir a um espetáculo esportivo de alto nível, onde cada movimento e cada decisão eram fundamentais.
Na entrevista, Guanaes ressaltou como Olivetto revolucionou a propaganda brasileira, introduzindo um estilo que valorizava a cultura nacional e se afastava da abordagem americanizada predominante até então. “Ele começou a dar um outro tom à propaganda, uma propaganda voltada à cultura, que valorizava as coisas do Brasil”, afirmou. Essa mudança de paradigma foi crucial para a evolução do setor e para a construção de uma identidade publicitária genuinamente brasileira.
Guanaes, que teve a oportunidade de trabalhar ao lado de Olivetto, expressou a sensação de estar presenciando algo único: “Eu, que trabalhei com ele, tinha a sensação clara de que estava vendo o Pelé jogando na minha frente”. Essa analogia não apenas destaca a admiração de Guanaes por Olivetto, mas também sublinha a importância do legado deixado por ele na publicidade.
Legado de Washington Olivetto
O legado de Washington Olivetto na publicidade brasileira é inegável e multifacetado.
Nizan Guanaes enfatizou que Olivetto não apenas transformou a publicidade nacional, mas também a elevou a um patamar de reconhecimento mundial. “São poucas as indústrias brasileiras que estão entre as três melhores do mundo, e esse trabalho foi feito por Washington Olivetto”, declarou Guanaes, destacando a relevância de Olivetto no cenário global.
Além de sua habilidade em criar campanhas memoráveis, Olivetto foi um verdadeiro divisor de águas, conseguindo unir a essência brasileira com uma visão global. Guanaes ressaltou que Olivetto conseguiu fazer as duas coisas: ser nacional e ser global. “Tanto que ele é uma figura importante no mundo inteiro, hoje morava em Londres, tinha um papel relevante na Macan global”, completou.
A influência de Olivetto se estendeu para além das fronteiras do Brasil, impactando a forma como a publicidade é percebida globalmente. Sua insistência em valorizar a cultura brasileira nas campanhas publicitárias ajudou a moldar uma nova identidade para a propaganda nacional, que agora é vista com respeito e admiração internacionalmente.
Olivetto também foi fundamental na construção de grandes marcas brasileiras, como o Itaú, sempre priorizando uma abordagem genuinamente nacional. Ele acreditava que a publicidade deveria refletir a cultura local, e sua aversão aos anglicismos na comunicação é um exemplo claro disso. “A propaganda brasileira se desnacionalizou muito do ponto de vista acionário. É importante, eu acho que agora, prestar muita atenção e voltar a beber desta água”, concluiu Guanaes, reforçando a importância de resgatar as raízes culturais na publicidade.