Os uruguaios voltarão às urnas para decidir entre Yamandú Orsi, aliado de Mujica, e Álvaro Delgado, do governo de centro-direita.
Candidatos e Resultados das Eleições
No primeiro turno das eleições presidenciais no Uruguai, realizado no último domingo, os candidatos se destacaram com propostas distintas para o futuro do país. Yamandú Orsi, pupilo do ex-presidente José Mujica, obteve uma expressiva votação, alcançando cerca de 43,2% dos votos, segundo dados do Canal 10. Por outro lado, Álvaro Delgado, representante do governo de centro-direita, ficou com aproximadamente 28% dos votos, conforme as projeções do Canal 12.
O segundo turno, agendado para 24 de novembro, promete ser uma disputa acirrada, pois nenhum dos candidatos conseguiu ultrapassar a marca dos 50% de votos necessários para vencer na primeira rodada. Orsi se apresenta como um defensor das políticas sociais e da continuidade do legado de Mujica, enquanto Delgado, que foi secretário da Presidência, busca apresentar uma imagem de experiência e estabilidade.
Além deles, Andrés Ojeda, um advogado midiático, também teve uma participação significativa, com cerca de 15-16% das intenções de voto. Sua abordagem não convencional e comparações com líderes como Javier Milei na Argentina atraíram a atenção do eleitorado.
O presidente Luis Lacalle Pou, que não pode concorrer a um segundo mandato consecutivo, expressou que a transição deve ser ordenada e que a segurança pública é uma das principais preocupações da população. O Uruguai, com sua população de 3,4 milhões de habitantes, enfrenta desafios relacionados ao aumento da violência ligada às drogas, o que pode influenciar as decisões dos eleitores no próximo turno.
Expectativas para o Segundo Turno
Com o segundo turno das eleições presidenciais no Uruguai se aproximando, as expectativas estão altas tanto para os candidatos quanto para os eleitores.
Yamandú Orsi, que já conquistou uma base sólida de apoiadores, agora precisa mobilizar ainda mais sua campanha para garantir que seu eleitorado compareça às urnas novamente. O apoio do ex-presidente José Mujica pode ser um fator decisivo, já que muitos uruguaios têm uma forte ligação emocional com seu legado.
Por outro lado, Álvaro Delgado, que ficou em segundo lugar no primeiro turno, tem a missão de conquistar eleitores que apoiaram outros candidatos, especialmente aqueles que votaram em Andrés Ojeda. Delgado pode se beneficiar de sua experiência como ex-secretário da Presidência, enfatizando sua capacidade de governar com estabilidade e segurança.
A segurança pública, um tema que preocupa a população, será central nas discussões e debates que antecedem o segundo turno. A capacidade de cada candidato de abordar essa questão de maneira eficaz pode influenciar significativamente as decisões dos eleitores. Orsi promete continuar as políticas sociais que visam combater a violência, enquanto Delgado pode focar em propostas mais rigorosas de segurança.
As campanhas estão se intensificando, e ambos os lados estão se preparando para debates e eventos públicos que serão cruciais para a formação da opinião pública. A mobilização dos jovens eleitores, que têm um papel importante nas eleições uruguaias, também será um ponto focal, pois suas preferências podem mudar o rumo da disputa.
Com a data do segundo turno marcada para 24 de novembro, o clima político está fervendo, e todos os olhos estão voltados para como esses candidatos irão se posicionar e conquistar os corações e mentes dos uruguaios nas próximas semanas.