O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com Gabriel Galípolo e Fernando Haddad no Palácio da Alvorada um dia antes da sabatina no Senado.
Reunião no Palácio da Alvorada
No início da tarde desta segunda-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião no Palácio da Alvorada com o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O encontro ocorre em um momento crucial, já que Galípolo está prestes a ser sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
A reunião teve como foco discutir a estratégia e os pontos que Galípolo deve abordar durante a sabatina, que está marcada para às 10h do dia seguinte. É um momento de preparação importante, visto que a aprovação de Galípolo é considerada quase certa no Ministério da Fazenda. Segundo informações, a equipe econômica acredita que ele teve um bom desempenho nas conversas com os senadores, o que aumenta suas chances de confirmação.
O presidente Lula, ao se reunir com Galípolo e Haddad, demonstra a importância que o governo dá à política monetária e à condução da economia brasileira. A escolha de Galípolo para o cargo de presidente do Banco Central, que ocorrerá após o término do mandato de Roberto Campos Neto em dezembro, reflete a confiança do governo na capacidade dele de conduzir a autarquia em tempos desafiadores.
Além disso, a reunião também serve para alinhar as expectativas do governo em relação às políticas econômicas que serão implementadas, especialmente em um cenário onde a economia enfrenta desafios significativos. O diálogo entre o Executivo e o Banco Central é fundamental para garantir uma gestão eficaz e coesa das políticas monetárias e fiscais.
Aprovação de Galípolo no Banco Central
A aprovação de Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central é vista como um passo importante para a continuidade das políticas econômicas do governo Lula.
A sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) é um dos últimos obstáculos que ele precisa superar antes de assumir oficialmente o cargo.
De acordo com fontes da CNN, a equipe econômica está otimista em relação à aprovação de Galípolo. Eles acreditam que ele “usou bem o tempo” durante as conversas com os senadores, o que é crucial para conquistar os votos necessários.
Para ser aprovado, Galípolo precisará da maioria dos votos dos integrantes da comissão, e posteriormente, a indicação será analisada pelo plenário do Senado.
Para a aprovação no plenário, serão necessários 41 votos favoráveis entre os 81 senadores. A expectativa é que, mesmo com a pauta do Senado trancada, a análise da indicação de Galípolo ocorra sem grandes obstáculos, uma vez que a competência para essa votação é exclusiva do Senado.
A escolha de Galípolo reflete a confiança do governo na sua capacidade de liderar o Banco Central em um momento em que a economia brasileira enfrenta desafios, como a inflação e o crescimento econômico.
A experiência de Galípolo e seu conhecimento em política monetária são vistos como ativos valiosos para a condução da autarquia nos próximos anos.
Com a aprovação de Galípolo, espera-se que o Banco Central mantenha um diálogo aberto com o governo, permitindo uma coordenação mais eficaz entre a política monetária e as diretrizes econômicas do Executivo, essencial para estabilizar e impulsionar a economia brasileira.