A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta segunda-feira (4) dois pedidos para revogar a prisão preventiva do bicheiro Rogério de Andrade, além da tentativa de impedir a transferência do maior contraventor do Rio de Janeiro para um presídio federal.
Decisão da Justiça sobre Rogério de Andrade
A Justiça do Rio de Janeiro tomou uma decisão importante ao negar os pedidos da defesa de Rogério de Andrade, um dos mais conhecidos bicheiros da região. Na última segunda-feira (4), a desembargadora Elizabete Alves de Aguiar analisou as solicitações e considerou que a revogação da prisão preventiva e a não inclusão de Andrade no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) não eram justificáveis.
Um dos pedidos da defesa visava evitar a transferência do contraventor para um presídio federal, alegando que isso representaria um constrangimento ilegal para o cliente. Andrade está sob custódia isolada no Complexo Penitenciário de Gericinó, localizado em Bangu, na zona Oeste do Rio, desde o dia 29 de setembro.
Além disso, a defesa argumentou que a inclusão no RDD poderia agravar a situação de Andrade, uma vez que esse regime é aplicado a presos considerados mais perigosos e que precisam de maior controle. No entanto, a Justiça entendeu que a segurança pública e a gravidade das acusações contra ele justificam a manutenção da prisão e a transferência.
Rogério de Andrade é suspeito de ser o mandante do assassinato de Fernando Iggnácio, um rival no mundo do crime, ocorrido em novembro de 2020. A morte de Iggnácio, que aconteceu em um estacionamento no Recreio dos Bandeirantes, levantou ainda mais a atenção sobre a atuação de Andrade e suas conexões com o submundo do crime carioca.
A decisão da Justiça reflete a postura rigorosa em relação a casos de contrabando e violência no Rio de Janeiro, onde as autoridades estão cada vez mais empenhadas em desmantelar organizações criminosas. A defesa de Rogério de Andrade, que não se manifestou até o fechamento desta reportagem, enfrenta um desafio significativo para reverter essa situação.