Rogério Andrade, um dos bicheiros mais conhecidos do Rio de Janeiro, foi preso por suspeita de ter ordenado o assassinato de Fernando Iggnácio. A prisão aconteceu em sua residência na Barra da Tijuca, em uma operação do Gaeco/Ministério Público.
A Prisão de Rogério Andrade
A prisão de Rogério Andrade marca um capítulo importante nas investigações sobre o crime organizado no Rio de Janeiro.
Andrade, que é considerado o sucessor do lendário bicheiro Castor de Andrade, foi detido em sua casa na Barra da Tijuca durante uma ação coordenada pelo Gaeco e pelo Ministério Público.
As autoridades já tinham indícios de que Andrade estava envolvido em atividades ilícitas, mas a confirmação de sua ligação com o assassinato de Fernando Iggnácio veio com o avanço das investigações.
Iggnácio, um contraventor rival, foi assassinado em novembro de 2020, e a rivalidade entre os dois pelo controle do jogo do bicho foi um dos principais motivos do crime.
Após a prisão, Andrade foi levado à Cidade da Polícia para prestar esclarecimentos.
O Ministério Público enfatizou a necessidade de transferi-lo para um presídio federal de segurança máxima, uma medida que visa proteger as investigações e evitar possíveis interferências em seu andamento.
Vale destacar que Andrade já havia sido denunciado em março de 2021 pelo homicídio de Iggnácio, mas o processo foi suspenso pelo STF.
A nova prisão pode indicar que as evidências contra ele se tornaram mais substanciais, levando as autoridades a agir novamente.
Além das acusações de homicídio, Andrade e outros envolvidos também estão sendo investigados por sua ligação com o assassinato de Fábio Romualdo Mendes, um outro contraventor que tinha conexões com o jogo do bicho.
Essa série de eventos revela a complexidade e a gravidade do cenário do crime organizado no estado.
O Assassinato de Fernando Iggnácio
O assassinato de Fernando Iggnácio ocorreu em novembro de 2020 e chocou a comunidade do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Iggnácio, que era um contraventor respeitado, foi morto em um heliporto no Recreio dos Bandeirantes, em um crime que evidenciou a intensa rivalidade entre ele e Rogério Andrade.
A disputa pelo controle de pontos de jogo do bicho foi o principal motivo que levou ao assassinato. Andrade, suspeito de ter ordenado o crime, e Iggnácio estavam em um embate constante por poder e influência na região. A rivalidade entre os dois não era apenas pessoal, mas também envolvia questões financeiras e de território, comuns entre os contraventores.
A investigação do homicídio de Iggnácio revelou a participação de outros indivíduos, o que levou o Gaeco a intensificar suas ações contra a organização criminosa liderada por Andrade. A gravidade do crime fez com que o Ministério Público denunciasse Andrade e mais cinco pessoas por homicídio triplamente qualificado, destacando a seriedade das acusações.
O assassinato não só teve repercussões no mundo do crime, mas também levantou questões sobre a segurança e o controle das atividades ilegais no estado. A morte de Iggnácio foi um marco que evidenciou a luta pelo domínio do jogo do bicho, um negócio que, apesar de ilegal, ainda movimenta grandes quantias de dinheiro e atrai a atenção das autoridades.
Além disso, a conexão de Iggnácio com a família Andrade, já que era casado com Carmen Lucia de Andrade Iggnacio, filha de Castor de Andrade, torna a situação ainda mais complexa, revelando como laços familiares e rivalidades podem se entrelaçar no submundo do crime.