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Brasil estabelece nova meta de redução de gases de efeito estufa até 2035

O Brasil estabeleceu uma nova meta para a redução de gases de efeito estufa, visando um corte de 67% até 2035, conforme anunciado pelo Ministério do Meio Ambiente.

A nova meta de redução

A nova meta de redução de gases de efeito estufa do Brasil é bastante ambiciosa, com um corte projetado de até 67% até 2035. Essa meta foi estabelecida com base nas emissões de 2005, o que significa que o país deverá manter suas emissões entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 em 2035.

O Ministério do Meio Ambiente destacou que a faixa de redução permitida, entre 59% e 67%, oferece uma certa flexibilidade, considerando as dificuldades financeiras e os desafios enfrentados pelo Brasil, que é um país em desenvolvimento.

O vice-presidente Geraldo Alckmin irá apresentar o documento completo na COP29, que acontecerá em Baku. Essa apresentação é um passo crucial para o Brasil, que busca alinhar suas metas aos compromissos do Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

Essa nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) reflete não apenas uma intenção de combate às mudanças climáticas, mas também um reconhecimento das realidades econômicas e sociais que o país enfrenta. A meta foi formulada com base nas melhores evidências científicas disponíveis, buscando um equilíbrio entre ambição e viabilidade.

Reações e desafios enfrentados pelo Brasil

A nova meta de redução de gases de efeito estufa do Brasil não veio sem controvérsias. Especialistas e ambientalistas expressaram preocupações sobre a viabilidade dessa meta, considerando as condições econômicas atuais do país. A proposta de cortar até 67% das emissões até 2035 é vista por muitos como um desafio monumental, especialmente em um contexto de dificuldades financeiras.

Além disso, a meta se baseia em níveis de emissões de 2005, o que levanta questões sobre a adequação e a eficácia da abordagem adotada. Muitos acreditam que o Brasil precisa de um plano mais robusto e ambicioso para lidar com as mudanças climáticas, que não só aborde a redução de emissões, mas também promova a sustentabilidade em outras áreas.

O governo, por sua vez, defende que a nova NDC é uma proposta responsável e alinhada aos compromissos internacionais. A expectativa é que, até fevereiro de 2025, o Brasil revise suas metas e apresente objetivos ainda mais ousados na próxima COP30, que será realizada em Belém.

Enquanto isso, a reação da sociedade civil e de organizações não governamentais será crucial para pressionar o governo a cumprir suas promessas e a garantir que as políticas públicas sejam implementadas de maneira eficaz. O equilíbrio entre a ambição de redução de emissões e a realidade econômica do Brasil será um tema central nas discussões futuras sobre o meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

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