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Hora H do Agro: Mudança no Combustível e Novas Taxações

No programa Hora H do Agro, discutimos a mudança no combustível e suas implicações para o setor agro. A nova lei que aumenta a mistura de biocombustíveis traz grandes expectativas e desafios.

Impactos da nova lei de biocombustíveis

A nova lei sancionada pelo presidente Lula que aumenta a mistura de biocombustíveis nos combustíveis fósseis é um divisor de águas para o setor agro. A gasolina, que atualmente tem 27% de etanol, poderá chegar a 35%. Isso significa uma demanda maior por grãos, especialmente cana-de-açúcar e milho, que são as principais matérias-primas para a produção de etanol.

Por outro lado, o setor de transporte está preocupado com as consequências dessa mudança. A adição de mais etanol à gasolina pode impactar o desempenho dos motores, aumentando os custos de manutenção e, consequentemente, o preço do frete. Essa situação gera um dilema para os transportadores, que precisam equilibrar a eficiência e os custos operacionais.

Além disso, a mistura de biodiesel ao diesel, que atualmente está em 14%, poderá atingir 20% até 2030. Isso também traz um impacto significativo, pois a produção de biodiesel está atrelada à fabricação de óleo vegetal, que pode ser afetada por questões climáticas e de mercado. O aumento na demanda por biodiesel pode elevar os preços dos grãos usados na sua produção, criando um efeito cascata no custo dos produtos agrícolas.

Em suma, enquanto o setor agro celebra o potencial aumento na demanda por grãos, a preocupação com os efeitos colaterais no transporte e na produção agrícola é palpável. A implementação da nova lei requer um acompanhamento cuidadoso para garantir que todos os setores envolvidos possam se adaptar a essas mudanças sem grandes prejuízos.

Efeitos das eleições nos EUA sobre o agro

As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para o dia 5 de novembro, estão gerando grande expectativa no setor agro brasileiro. A Eurasia Group aponta que a vitória de Donald Trump pode trazer um aumento significativo nas tarifas sobre a China, que pode chegar a 60%. Essa possível nova guerra comercial pode afetar diretamente as exportações brasileiras, especialmente de produtos agrícolas, uma vez que a China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil.

Por outro lado, a vice-presidente Kamala Harris tende a adotar uma postura mais moderada, com taxações mais pontuais. Essa diferença nas abordagens pode impactar as relações comerciais entre os dois países e, consequentemente, os preços dos produtos agrícolas no mercado internacional.

Os produtores rurais brasileiros estão atentos a essas movimentações, pois mudanças nas tarifas podem afetar a competitividade dos produtos brasileiros em relação aos concorrentes. Se Trump for reeleito e implementar um aumento nas tarifas, isso pode resultar em um aumento nos custos para os exportadores brasileiros, que podem precisar ajustar seus preços para manter a competitividade.

Além disso, as tensões comerciais podem gerar incertezas no mercado, afetando o planejamento e as estratégias de venda dos produtores. O agro brasileiro precisa estar preparado para possíveis oscilações de preços e mudanças nas demandas do mercado externo, que podem ser influenciadas pelas decisões políticas nos Estados Unidos.

Assim, o cenário eleitoral americano é um fator crucial a ser monitorado pelo setor agro, que deve se adaptar rapidamente às novas realidades que podem surgir a partir dos resultados das eleições.

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