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São Paulo e FAO: O que Esperar da Lei Antidesmatamento?

O governo de São Paulo está em Roma buscando apoio da FAO para discutir a lei antidesmatamento, que foi adiada novamente.

Os impactos dessa norma podem afetar 15% das exportações brasileiras, e o estado tem se destacado na preservação ambiental, com 25% de mata preservada.

O papel de São Paulo na sustentabilidade

São Paulo tem se destacado como um exemplo de sustentabilidade no Brasil. O estado possui 25% de sua área coberta por vegetação nativa, superando o mínimo exigido pelo Código Florestal Brasileiro. Essa preservação é um reflexo de políticas públicas eficazes e de um compromisso com a conservação ambiental.

O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas utilizadas para monitorar e promover a recuperação de áreas degradadas. Com 430 mil cadastros ativos, 336 mil já foram verificados, e 65 mil estão validados. Isso demonstra um esforço significativo para garantir que as práticas agrícolas sejam sustentáveis e respeitem a legislação ambiental.

Além disso, o governo paulista tem implementado programas como o IntegraSP, que ajuda os produtores a transformar terras improdutivas em fontes de renda, promovendo a recuperação de áreas degradadas. Essa abordagem não só beneficia o meio ambiente, mas também melhora a qualidade de vida das populações rurais, que muitas vezes enfrentam vulnerabilidades econômicas.

A parceria com a FAO é um passo importante para intensificar essas iniciativas. O objetivo é obter recursos financeiros e ampliar o acesso a tecnologias agrícolas, capacitando os produtores e garantindo que eles possam adotar práticas mais sustentáveis.

Em 2024, São Paulo registrou a menor taxa de desmatamento da Mata Atlântica e do Cerrado nos últimos cinco anos, com uma redução de 33% em relação aos anos anteriores. Esse dado é um indicativo claro de que as políticas de preservação estão dando frutos e que o estado é um exemplo a ser seguido por outras regiões.

Impactos da lei antidesmatamento nas exportações brasileiras

A lei antidesmatamento é uma questão crítica para o futuro das exportações brasileiras, especialmente para o agronegócio. Com a nova norma da União Europeia, que proíbe a importação de produtos oriundos de áreas desmatadas, o Brasil pode enfrentar sérias consequências.

Estima-se que essa lei possa impactar até 15% das exportações brasileiras. Isso significa que produtos como soja, carne e café, que são essenciais para a economia do país, podem ter dificuldades de acesso ao mercado europeu se não atenderem aos requisitos de rastreabilidade e sustentabilidade.

O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, destaca a importância do Cadastro Ambiental Rural e dos sistemas de certificação antidesmatamento como ferramentas fundamentais para garantir que os produtos brasileiros estejam em conformidade com as exigências internacionais. A verificação e validação dos cadastros são essenciais para assegurar que os produtores possam demonstrar a origem sustentável de seus produtos.

Além disso, a pressão por práticas agrícolas mais sustentáveis pode incentivar uma transformação positiva no setor. A necessidade de se adaptar a essas novas normas pode levar os produtores a investir em tecnologias mais limpas e em práticas que respeitem o meio ambiente, beneficiando tanto a natureza quanto a imagem do Brasil no cenário internacional.

Por outro lado, a implementação da lei antidesmatamento pode ser um desafio para pequenos produtores, que muitas vezes carecem de recursos e conhecimento para se adequar a essas exigências. Portanto, é crucial que haja um suporte governamental e parcerias com organizações como a FAO para garantir que todos os agricultores possam se adaptar e prosperar em um mercado cada vez mais exigente.

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