A investigação da Petrobras sobre Roberto Castello Branco foi solicitada pela Federação Única dos Petroleiros (Fup). A denúncia aponta para o uso indevido de recursos da estatal em obras privadas, levantando sérias questões sobre a transparência das operações.
Denúncia da Fup contra Castello Branco
A Federação Única dos Petroleiros (Fup) protocolou uma denúncia formal contra Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, junto à Ouvidoria Geral da empresa. A acusação, datada de 12 de novembro, alega que Castello Branco teria utilizado recursos da estatal para realizar obras em propriedades privadas, o que configura improbidade administrativa.
Essa denúncia não é uma novidade para Castello Branco, que já enfrentou problemas legais anteriormente. Em 2022, a Fup havia levado uma denúncia ao Ministério Público, questionando sua atuação na 3R Petroleum. Essa empresa, que adquiriu ativos da Petrobras, esteve envolvida em transações que totalizaram cerca de R$ 3 bilhões nos primeiros dois anos do governo Bolsonaro.
O contexto dessa nova denúncia é alarmante, pois levanta sérias questões sobre a ética e a transparência nas operações da Petrobras, especialmente considerando que Castello Branco já havia sido alvo de críticas por sua gestão e decisões durante seu mandato. A Fup reforça a necessidade de uma investigação aprofundada sobre as ações de Castello Branco à frente da estatal, principalmente em relação ao uso de recursos públicos.
Polêmicas nas negociações com a 3R Petroleum
As negociações entre a Petrobras e a 3R Petroleum foram marcadas por uma série de polêmicas que levantaram suspeitas sobre a transparência e a ética das transações.
A 3R Petroleum adquiriu diversos campos de petróleo da Petrobras a preços considerados abaixo do mercado, o que gerou críticas de especialistas e políticos.
Essas transações ocorreram em um cenário onde a Fup já havia expressado preocupações sobre a gestão de Castello Branco e a forma como as vendas estavam sendo conduzidas.
A aquisição de ativos a preços questionáveis levantou bandeiras vermelhas sobre a integridade das operações e a possível influência de interesses privados sobre decisões públicas.
Além disso, a Fup e outros críticos argumentam que a falta de transparência nas negociações pode ter resultado em prejuízos significativos para a empresa estatal e, consequentemente, para os cidadãos brasileiros que dependem dos recursos da Petrobras.
A nova denúncia da Fup, portanto, não apenas reitera a necessidade de investigação sobre Castello Branco, mas também lança luz sobre a necessidade de uma maior supervisão das negociações da Petrobras com empresas privadas.