No Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministro Alexandre de Moraes deve encaminhar nesta segunda-feira (25) as denúncias contra os 37 indiciados pela Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado.
Denúncias de Moraes contra indiciados
O Ministro Alexandre de Moraes está prestes a dar um passo significativo no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado. Ele deve encaminhar, nesta segunda-feira (25), as denúncias contra 37 indiciados pela Polícia Federal. Essa investigação, que envolve mais de 800 páginas de documentos, é um reflexo da seriedade com que o STF trata as ameaças à democracia.
Após um fim de semana de intensa análise, Moraes se prepara para enviar a documentação à Procuradoria-Geral da República (PGR). O procurador Paulo GoNet terá um prazo inicial de 15 dias para examinar os pedidos, que pode ser estendido por mais 15 dias devido ao recesso do Judiciário. Esse processo é crucial, pois o parecer oficial está previsto para ser entregue apenas em fevereiro de 2025.
As denúncias incluem a participação de militares que, segundo as investigações, estariam envolvidos em um plano para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o próprio Ministro Moraes. A gravidade das acusações levanta questões sobre a segurança e a integridade das instituições brasileiras.
Além disso, a rapidez com que Moraes está lidando com o caso demonstra a urgência em esclarecer os fatos e garantir que os responsáveis sejam punidos. A sociedade aguarda ansiosamente os desdobramentos dessa situação, que pode ter um impacto significativo no cenário político do país.
Reações de Jair Bolsonaro e Braga Netto
As reações de figuras proeminentes como Jair Bolsonaro e Braga Netto em relação às denúncias e à operação da Polícia Federal têm gerado bastante repercussão.
O ex-presidente Bolsonaro, que passou o fim de semana em São Miguel dos Milagres, Alagoas, utilizou suas redes sociais para criticar a operação, chamando as acusações de golpe de Estado de “absurdas”. Ele se questionou sobre a coordenação do suposto plano e a legalidade das prisões preventivas dos militares envolvidos, alegando que não há respaldo jurídico para tais medidas.
Bolsonaro enfatizou que a narrativa de um golpe é uma tentativa de desviar a atenção do público e criticou a forma como as investigações estão sendo conduzidas. Sua defesa dos militares e a tentativa de deslegitimar as acusações refletem sua estratégia de manter apoio entre seus seguidores e aliados.
Por outro lado, Braga Netto, ex-ministro e uma das figuras centrais nas alegações, também se manifestou. Ele usou suas redes sociais para refutar o que chamou de “versão fantasiosa e absurda” sobre um golpe dentro do golpe. Netto argumentou que, se o plano tivesse êxito, ele, e não Bolsonaro, assumiria o comando do país, o que considera uma afirmação sem fundamento.
Em uma nota oficial, Braga Netto repudiou as alegações e criticou a falta de acesso das defesas ao inquérito da Polícia Federal. Ele aguarda o recebimento oficial dos elementos para adotar uma posição formal e fundamentada, destacando a importância da transparência e do devido processo legal.