Uma operação da Polícia Militar de São Paulo resultou na apreensão de um fuzil AK-47 e uma pistola 9 mm, armamentos que podem estar ligados ao assassinato do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach.
Apreensão de Armas e Investigação
A apreensão do fuzil AK-47 e da pistola 9 mm ocorreu em um terreno que foi indicado por uma denúncia anônima. Essas armas estão sendo analisadas pela Polícia Militar e devem passar por perícia para determinar se foram utilizadas no crime que resultou na morte do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está à frente das investigações e considera a possibilidade de que o crime tenha sido ordenado pela facção criminosa PCC. Gritzbach, que estava envolvido em delações contra membros do grupo, havia se tornado um alvo após sua colaboração com as autoridades. Essa conexão com o PCC levanta questões sobre a segurança de delatores e a proteção que o Estado pode oferecer a eles.
As armas apreendidas podem ser um ponto crucial para a investigação, uma vez que a polícia busca não apenas identificar os responsáveis pela execução, mas também entender a dinâmica e as motivações por trás do crime. A análise balística das armas pode revelar se elas foram usadas anteriormente em outros crimes, o que pode ajudar a traçar um perfil dos autores.
Além disso, a polícia está investigando as circunstâncias que cercaram a segurança do empresário no dia do assassinato. É importante ressaltar que, apesar das ofertas de proteção feitas pelo Ministério Público, Gritzbach optou por contratar policiais militares para sua segurança. No entanto, no momento do ataque, não havia seguranças presentes, o que levanta suspeitas sobre a eficácia da proteção que ele havia contratado.
Circunstâncias do Crime e Suspeitas
O assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach aconteceu na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, um local movimentado e de difícil acesso para crimes desse tipo.
No dia do ataque, Gritzbach foi alvejado por 10 tiros enquanto aguardava, o que indica um planejamento meticuloso por parte dos assassinos.
De acordo com testemunhas, dois homens mascarados desceram de um carro preto e dispararam ao menos 29 vezes com diferentes calibres. A brutalidade do ataque e a quantidade de disparos sugerem que os autores estavam determinados a eliminar Gritzbach, possivelmente como uma retaliação por suas delações contra o PCC.
O empresário foi atingido em várias partes do corpo, incluindo o rosto, tórax e pernas, o que demonstra a intenção dos atiradores de causar danos fatais.
Após o ataque, os assassinos fugiram e, até o momento, não foram identificados, o que levanta preocupações sobre a segurança no aeroporto e a possibilidade de que os criminosos tenham informações privilegiadas sobre a rotina de Gritzbach.
Além disso, a polícia está investigando a versão apresentada sobre a ausência dos seguranças no momento do ataque. Um dos veículos da escolta teve problemas mecânicos, enquanto o outro precisou retornar para deixar um ocupante em um posto de combustível.
Essa narrativa está sendo analisada, pois existe a suspeita de uma possível falha intencional por parte dos seguranças, o que poderia indicar uma conivência com os criminosos.
As investigações estão em andamento e a polícia busca esclarecer não apenas quem são os autores do crime, mas também as motivações por trás dele.
A ligação de Gritzbach com o PCC e sua delação premiada são fatores que complicam ainda mais o caso, tornando-o um exemplo claro da violência que permeia as disputas entre facções criminosas no Brasil.