Um estudo recente da Fiocruz revelou dados alarmantes sobre o consumo de álcool no Brasil, apontando que o álcool é responsável por uma média de 12 mortes por hora no país.
Dados alarmantes sobre o consumo de álcool
O estudo da Fiocruz trouxe à tona informações chocantes sobre o consumo de álcool no Brasil. A cada hora, 12 vidas são perdidas devido a problemas relacionados ao álcool, o que coloca essa substância como um dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis.
Em 2019, foram registradas aproximadamente 104,8 mil mortes atribuídas ao álcool, sendo que 86% das vítimas eram homens. As causas mais comuns de morte incluem doenças cardiovasculares, acidentes e violência. Entre as mulheres, que representam 14% das mortes, o álcool foi responsável por mais de 60% dos casos de doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer.
Esses dados não apenas revelam a gravidade da situação, mas também ressaltam a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes para lidar com o consumo excessivo de álcool. A prevenção e a conscientização são fundamentais para reduzir esses números alarmantes e proteger a saúde da população.
Impactos econômicos e sociais do álcool
O impacto econômico do consumo de álcool no Brasil é imenso e merece atenção.
Em 2019, o custo total associado ao álcool foi de 18,8 bilhões de reais, sendo que 78% desse valor refere-se a gastos com homens e 22% com mulheres. Esses números mostram que o problema do consumo de álcool afeta significativamente a economia do país.
Desses 18,8 bilhões de reais, 1,1 bilhão foram gastos diretos com hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 17,7 bilhões foram custos indiretos, como perda de produtividade e licenças médicas. Isso evidencia como o consumo de álcool não só causa problemas de saúde, mas também gera um fardo econômico que afeta a sociedade como um todo.
A análise por gênero também revela que o custo do SUS com hospitalizações de mulheres por problemas relacionados ao álcool representa 20% do total. Apesar de um consumo menor entre elas, a busca por cuidados médicos preventivos é maior, indicando uma necessidade de conscientização e cuidado em relação ao álcool.
Esses dados reforçam a urgência de políticas públicas que abordem o consumo de álcool de forma mais efetiva. A inclusão de bebidas alcoólicas na reforma tributária é uma das propostas em discussão, visando não apenas a arrecadação de recursos, mas também a promoção de um consumo mais responsável e consciente.