A desarticulação do call center criminoso do ‘Povo de Israel’ no Rio de Janeiro revelou um esquema que aterrorizava famílias.
Com ameaças de sequestros e extorsões, os bandidos conseguiram movimentar quase R$ 70 milhões entre 2022 e 2023. A operação, realizada pela Delegacia Antissequestro, cumpriu 44 mandados de busca e apreensão, desmantelando uma rede que se fortalecia há 20 anos dentro dos presídios.
Desarticulação do Esquema Criminoso
A desarticulação do esquema criminoso do ‘Povo de Israel’ foi um marco significativo na luta contra a criminalidade organizada no Rio de Janeiro. A operação, batizada de Operação 13 Aldeias, mobilizou agentes da Delegacia Antissequestro (DAS) e resultou na execução de 44 mandados de busca e apreensão. O objetivo principal era desmantelar um call center que operava de dentro das prisões, onde os criminosos, mesmo atrás das grades, continuavam a extorquir vítimas.
Os bandidos utilizavam táticas aterrorizantes, como ligações ameaçadoras, dizendo frases como: “Estou com seu filho, se não fizer o pagamento do resgate agora vou matá-lo”. Essas ameaças não eram apenas palavras vazias; elas refletiam a verdadeira indústria de extorsões que o grupo havia criado, movimentando cerca de R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio de 2023.
O esquema se sustentava por meio de uma rede complexa, com mais de 18 mil membros. Os líderes identificados, como Marcelo Oliveira, conhecido como Tomate, e Avelino Gonçalves, o Alvinho, eram responsáveis pela coordenação das atividades criminosas. Além disso, a participação de cinco policiais penais foi crucial para a manutenção do esquema, pois eles facilitavam o acesso a celulares dentro das unidades prisionais.
A operação não se limitou apenas à capital carioca; as ações se estenderam a municípios como São Gonçalo, Maricá e até ao estado do Espírito Santo. Essa abrangência demonstra a força e a influência do ‘Povo de Israel’ que, ao longo de 20 anos, conseguiu se infiltrar e fortalecer suas operações dentro do sistema penitenciário.
Com a desarticulação desse esquema, a polícia não apenas interrompeu as atividades de extorsão, mas também enviou uma mensagem clara de que a criminalidade organizada não será tolerada. A luta contra esses grupos é contínua, e a colaboração entre diferentes agências de segurança é fundamental para garantir a segurança da população e a integridade do sistema penal.