O ataque do homem-bomba ao STF ocorreu em um dia que ficará marcado na história do Brasil. Francisco Vanderlei Luiz, o autor do ataque, foi filmado em momentos críticos, revelando sua trajetória até o atentado. A segurança foi colocada à prova e as reações das autoridades foram imediatas.
Movimentos do Homem-Bomba
Os movimentos de Francisco Vanderlei Luiz foram cuidadosamente registrados pelas câmeras de segurança. Ele entrou na Câmara dos Deputados às 8h15, vestindo um chapéu, calça jeans e chinelos. O processo de identificação e segurança foi rápido, levando cerca de 40 segundos. Assim que passou pela máquina de raio-x, ele foi para o detector de metais, onde não levantou suspeitas.
Mais tarde, às 19h25, Francisco foi visto novamente, desta vez caminhando em direção à Praça dos Três Poderes. Pouco depois, seu veículo explodiu no estacionamento do Anexo 4 da Câmara, um momento que foi capturado pelas câmeras, mostrando a explosão e a correria que se seguiu, com bombeiros e policiais chegando rapidamente ao local.
O sistema de segurança do Congresso também registrou as explosões que ocorreram próximo ao STF às 19h30. Um segurança, ao notar movimentação estranha, se aproximou de Francisco, que então lançou fogos de artifício em direção à estátua, mas errou o alvo. Em seguida, ele arremessou um explosivo em direção ao prédio do STF e, em um ato desesperado, acendeu um artefato, deitando-se no chão com a bomba perto da cabeça, que explodiu logo depois.
Reações das Autoridades
As reações das autoridades ao ataque do homem-bomba foram rápidas e contundentes. Willy Hauffe, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, elogiou a resposta imediata das forças de segurança, mas destacou a dificuldade de implementar restrições mais rigorosas em um estacionamento público, onde o acesso é comum.
O Ministro Alexandre de Moraes classificou o ato como um ato terrorista, lamentando a tentativa de banalizar a gravidade da situação. Já o Ministro Gilmar Mendes enfatizou que o atentado representa mais um ataque à democracia, alimentado por um discurso de ódio e fanatismo político que foi intensificado pelo governo anterior.
O Ministro Flávio Dino garantiu que as explosões não intimidarão o STF, reafirmando a resiliência da instituição. Em contrapartida, o Procurador Geral da República, Paulo GoNet, assegurou que haverá uma investigação rigorosa e que os responsáveis serão severamente punidos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin descreveu o dia como triste e grave, ressaltando a necessidade de uma apuração rápida e rigorosa dos fatos. Em resposta ao ataque, uma operação conjunta entre policiais civis do Rio Grande do Sul e São Paulo foi realizada, resultando na apreensão de dois celulares, diversos pen drives, 2 tablets e computadores que passarão por perícia técnica.